Limites da linguagem

Limites da linguagem
(Foto: Arte Revista CULT)
  Toda reflexão filosófica é uma reflexão sobre a vida e a linguagem. A linguagem é o que utilizamos como meio para nos relacionarmos uns com os outros e com a própria vida – e para, desse modo, construir a vida humana que vivemos em comum.  Há um círculo em que a linguagem cria a vida e a vida vivida por meio da linguagem recria a linguagem. Por isso, podemos dizer que “a linguagem é o limite do mundo”. Vida, por sua vez, é um nome genérico que damos para o que chamamos de mundo, algo que pode ser definido como “aquilo que pode ser compreendido”, aquilo que alguém compreende, que alguém concebe e também aquilo que todos concebem em um patamar básico de compreensão.  Vida e mundo, por sua vez, podem ser definidos sob o termo existência, que é igualmente genérico. A existência é aquilo que há, aquilo que está aí, aquilo que simplesmente se apresenta a nós como o que está acontecendo, o que está “sendo” – por oposição ao nada, ao “não existir”, que é bem difícil de imaginar. A existência é o nosso ambiente tanto material como ideal, tanto biológico como social. Ela implica o dito e o não-dito, o consciente e o inconsciente. Ao mesmo tempo, tudo o que podemos pensar e dizer depende da linguagem, ela mesma um termo genérico usado para explicar todas as formas de representação, interação, compreensão, em suma, de comunicação.  Podemos dizer que a invenção da internet, daquilo que podemos chamar de vida digital, produziu uma séria transformação na ordem da linguagem. E, embora a linguagem con

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