Jandira Feghali: “Feminismo é uma concepção de vida”

Jandira Feghali: “Feminismo é uma concepção de vida”
Jandira Feghali, deputada federal e líder do PCdoB (Foto Fanca Cortez)
  Deputada federal e líder do PCdoB, Jandira Feghali nasceu em Curitiba em 1957. Durante a adolescência, foi baterista da banda Los Panchos Villa, mas desistiu da música para cursar Medicina na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Entrou para a política em 1981, ingressando no PCdoB, época em que o partido ainda estava na clandestinidade. Dirigiu o Sindicato dos Médicos de 1984 a 1986, até ser eleita deputada estadual no Rio de Janeiro. Tornou-se deputada federal em 1990 e hoje está em seu sexto mandato. Ganhou destaque entre os movimentos feministas a partir de 2006, quando viajou pelo Brasil para formular a Lei Maria da Penha, uma das mais conhecidas do país. Em 2015, Jandira, que é a única líder mulher na Câmara, foi agredida em sessão pelos deputados Roberto Freire, que lhe deu um empurrão, e Alberto Fraga, que se dirigiu a ela com essas palavras: “Mulher que participa da política como homem e fala como homem também tem que apanhar como homem”. Na entrevista a seguir, Jandira faz um balanço dos dez anos da Lei Maria da Penha, denuncia o conservadorismo da Câmara e discute a violência de gênero no país. Sua atuação política teve inicio no movimento sindical dos anos 1980. O que mudou no sindicalismo de lá para cá? Jandira Eu acho que a essência do movimento sindical não mudou porque ele continua tendo a mesma responsabilidade e o mesmo objetivo. Mas houve um deslocamento em determinadas estruturas para o governo, o que, em minha opinião, fragiliza o movimento sindical por retirar dele uma leva de lideranças experient

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