Falácias psicanalíticas: o bacharelado em psicanálise

Falácias psicanalíticas: o bacharelado em psicanálise
  A história do movimento psicanalítico, com suas idiossincrasias e cisões, pode ser observada por meio das discussões que envolvem as particularidades da formação dos psicanalistas. A formação de um analista não é um processo de instrução ou treinamento. É um movimento singular, contínuo e ancorado na experiência e nas angústias das mutações e rupturas da subjetividade dos que desejam essa trajetória. A análise pessoal é uma condição necessária, mas não suficiente, e o analista necessita de reflexões e diálogos clínicos (as supervisões ou análises de supervisões) com seus pares, além de seminários teóricos e clínicos. A formação psicanalítica deve permitir uma ação terapêutica por meio da escuta dos sofrimentos, dos conflitos e do mal-estar dos sujeitos, transcendendo os limites dos saberes da medicina. O psicanalista é o sujeito que conquistou um saber sobre seu inconsciente, e não o saber constituído, cumulativo e totalizante gerado nas instituições convencionais de ensino. Não se forma um psicanalista, mas se torna um analista. Pelas redes sociais, circulam informações sobre cursos de curta duração de formação clínica em psicanálise, de sindicatos de psicanalistas e a divulgação de profissionais de diferentes vértices formativos, alguns sob a égide de credos religiosos, tais como psicanálise cristã, psicanálise xamânica etc. São apropriações indevidas do sentido do saber psicanalítico. No Brasil, a psicanálise é um ofício, não uma profissão regulamentada. No final de 2021, um centro univer

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