Estante CULT: Eduardo Reina, Maria Valéria Rezende e Foucault

Estante CULT: Eduardo Reina, Maria Valéria Rezende e Foucault
O jornalista Eduardo Reina (Foto Paulo César Rocha)
  PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA O jornalista Eduardo Reina não se contentou com a narrativa corrente de que, ao contrário de outros países da América Latina, o Brasil não teve casos de crianças sequestradas durante a ditadura militar. Iniciou, então, uma minuciosa investigação que o levou a 19 casos de crimes cometidos por agentes do regime nos anos 1970 e que permaneceram escondidos nos arquivos da ditadura durante 46 anos. Histórias de bebês, crianças e adolescentes filhos de militantes de esquerda ou de pessoas contrárias ao regime ditatorial – chamados de “bebês malditos” ou “filhos de subversivos” – que, com a ajuda de servidores públicos, militares, funcionários de instituições e de cartórios, foram tirados de seus pais e entregues a famílias de militares e a pessoas ligadas aos órgãos de repressão. Das 19 histórias contadas no livro-reportagem Cativeiros sem fim, uma parceria com o Instituto Vladimir Herzog, 11 são ligadas diretamente à Guerrilha do Araguaia e outras oito estão espalhados por Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso. Algumas das vítimas ainda procuram seus pais biológicos, enquanto outras seguem desaparecidas – e, nesses casos, suas histórias são relatadas por familiares. Com passagens por O  Estado de S. Paulo, Diário Popular, Guia 4 Rodas, entre outros veículos, Eduardo Reina levou sua investigação ao Ministério Público Federal por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão antes mesmo do lançamento do livro. A PFDC transformou o depoimento do jornalista em represent

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