Dossiê | A história da filosofia no Brasil

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Dossiê | A história da filosofia no Brasil
(Arte: Fernando Saraiva/Revista Cult)
  É muito comum ouvir as perguntas: Existe filosofia no Brasil? Mas quem são esses filósofos e filósofas?   É interessante pensar que tais questões não surgem de imediato em países como França, Alemanha ou Inglaterra. Há, certamente, razões específicas para elas serem mais presentes em países de origem colonial, como o Brasil. A filosofia seria privilégio apenas de nações do assim chamado Ocidente ou daquelas que compõem o centro do capitalismo? Falar sobre filosofia no Brasil parece sempre implicar o enfrentamento da questão sobre a própria existência de uma filosofia no país, como se fosse necessário decidir previamente o que seja uma filosofia brasileira, para então conhecê-la. Por esse caminho chega-se às seguintes questões: visto que a filosofia trata de ideias e modos de pensamento, ela não seria universal, isto é, sem relação essencial com seu local de origem? Ou, por sua vez, a filosofia não expressaria precisamente esse local de origem como formulação teórica de inquietações particulares? A resposta a essas questões é, de certo modo, indecidível, porque se trata, no fundo, de uma alternativa abstrata. Caso se responda exclusivamente pela universalidade ou particularidade da filosofia, perde-se a diversidade de posições presente nas próprias produções filosóficas brasileiras, como ocorre em qualquer outro lugar em que homens e mulheres se puseram a escrever filosofia, sejam eles e elas provenientes do centro ou da periferia do capitalismo, de países colonizadores ou de países que em algum momento foram c

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