Djamila Ribeiro: Sou fruto de um trabalho histórico de mulheres negras

Djamila Ribeiro: Sou fruto de um trabalho histórico de mulheres negras
Djamila Ribeiro, autora de obras como 'O que é lugar de fala?' e 'Quem tem medo do feminismo negro?' (Foto: Marcus Steinmeyer/Revista CULT)
  Nome na lista dos livros mais vendidos, auditórios superlotados, turnê pela Europa com lotação esgotada e filas para autógrafos. Assim é a vida da mestre em filosofia política, ativista e escritora Djamila Ribeiro. Autora de obras como O que é lugar de fala? e Quem tem medo do feminismo negro? e coordenadora da coleção “Feminismos plurais” (Polén Livros) – que já lançou outros seis autores negros –, ela nasceu na cidade de Santos, em São Paulo, em 1º de agosto de 1980. Quase tão difícil como esbarrar em alguém que não tenha ouvido falar de Djamila é encontrar quem seja neutro em relação às suas ideias: nas redes sociais ou em rodas de conversas sobre racismo e feminismo, ela sempre divide opiniões.  Como eu levo para a vida a imparcialidade, que minha profissão de jornalista exige, decidi que esperaria até ter a oportunidade de conhecê-la para fazer qualquer juízo. E isso aconteceu há alguns meses, na abertura do FestiPoa Literária, em Porto Alegre. Eu deveria entrevistar Djamila, ao lado da filósofa Sueli Carneiro e da escritora Ana Maria Gonçalves.  A impressão que tive ao vê-la chegar foi de que basta sua presença para desmistificar as certezas das pessoas que optaram pelo excesso em relação a ela, seja positiva ou negativamente. Por isso, ao ser convidada para entrevistá-la para a CULT, coloquei como desafio conseguir falar com essa outra mulher negra que é mãe, trabalha, dá conta das demandas do dia a dia e luta para transformar objetivos em realidade. Seu nome tem origem africana, o que mostra que s

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