Dionisíaca Paulistana

Dionisíaca Paulistana

(A)polônia / Foto Divulgação

De 4 a 13 de março próximo, a cidade de São Paulo recebe os dez espetáculos da terceira edição da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo.

Atores, diretores, cenógrafos, iluminadores de países como França, Polônia, África do Sul, Grécia, Bélgica, Congo e Alemanha, além do Brasil, irão se apresentar em vários espaços culturais da cidade como o Auditório Ibirapuera, as unidades do Sesc, o Theatro Municipal, o Centro Cultural São Paulo e a Vila Itororó.

Integra ainda a Mostra uma série de ações crítico-reflexivas e de atividades formativas e de intercâmbio cujo objetivo é o de estender a compreensão da atividade teatral para além da cultura do espetáculo.

A revista CULT acompanhará a Mostra, por meio da coluna Cena Contemporânea, cujo responsável é o editor e crítico de teatro Welington Andrade.

Veja abaixo as sinopses dos espetáculos da MITsp:

Ça ira
DIREÇÃO Joël Pommerat
A peça – uma ficção política contemporânea inspirada no processo revolucionário de 1789 – propõe duas perguntas: O que impulsiona os homens à conquista do poder? Quais novas estratégias poderão ser instauradas entre o Homem e a Sociedade?

Ça Ira / Foto Elisabeth Carecchio

Cinderela (Cendrillon)
DIREÇÃO Joël Pommerat
Considerada pelo jornal Le Monde “uma experiência intensa e inquietante”, a peça revela o fundo trágico da infância: o medo, a solidão, os pesadelos e as esperanças a partir do mote maior do enredo, que é a morte da mãe.

Natureza morta (Still Life)
DIREÇÃO Dimitris Papaioannou
O espetáculo nasce de uma meditação sobre o mito de Sísifo. Ao associar o mito à classe trabalhadora, Papaioannou faz um ‘trabalho sobre o trabalho’ e relaciona-o, na atualidade, aos países em desenvolvimento e aos da Europa ocidental.

Natureza morta / Foto Nikos Dragonas

(A)polônia [(A)pollonia]
DIREÇÃO Krzysztof Warlikowski
O projeto do autor e diretor polonês é baseado em textos clássicos e contemporâneos, sobretudo fragmentos de Alceste, de Eurípides; Oresteia, de Ésquilo e Apolonia, de Hanna Krall. Histórias de personagens mitológicos governados pelo destino são refletidas à luz do século XX, especialmente frente à tragédia do Holocausto.

A Carga (Le Cargo)
DIREÇÃO Faustin Linyekula
Neste trabalho, o coreógrafo congolês mistura dança, canções, música e contação de histórias, colocando em cena a sua trajetória pessoal, seu retorno para casa depois de muitos anos na Europa e sua relação com a dança.

A Carga / Foto Agathe Poupenay

100% São Paulo
DIREÇÃO Helgard Haug, Daniel Wetzel e Stefan Kaegi
O grupo convida alguns cidadãos comuns, os “especialistas do cotidiano” a iniciarem uma “reação em cadeia”. A ideia é fazer uma amostragem do que uma parte da população da cidade onde se realiza a performance pensa sobre opiniões diversas – casamento entre homossexuais, a crise financeira, a guerra, as preferências alimentares e/ou aborto.

An Old Monk (An Old Monk)
CONCEPÇÃO Josse De Pauw e Kris Defoort
O velho monge do título é o personagem principal que, apesar de sua idade, nunca desiste, especialmente quando a música o faz sentir como se pudesse voltar a dançar como na juventude.

An Old Monk / Foto Kurt Van Der Elst

Revolting Music – Inventário das Canções de Protesto que Libertaram a África do Sul (Revolting Music – A Survey of the Songs of Protest That Liberated South Africa)
COM Neo Muyanga
A trilha sonora deste show performático parte da voz enfurecida dos protestos liderados por movimentos estudantis das ruas de Soweto e usa do ridículo das canções pop atuais para satirizar a vanguarda de uma revolução incompleta.

A Tragédia Latino-Americana
DIREÇÃO Felipe Hirsch
Três anos depois da estreia de Puzzle na Alemanha, A Tragédia Latino-Americana estenderá a ideia à literatura da América Latina. O projeto é composto por duas partes independentes, subdivididas em fragmentos, adaptações de obras, ou parte de obras, da literatura latino-americana contemporânea.

 

A tragédia Latino-Americana / Foto Patrícia Cividanes

Cidade Vodu
DIREÇÃO José Fernando de Azevedo
O contexto político e cultural em torno da imigração e adaptação dos haitianos no Brasil a partir do terremoto de 2010 – que dizimou o Haiti e matou entre 100 mil e 200 mil habitantes – é o mote da mais nova montagem do Teatro de Narradores.

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